O Azulejo Português

O Azulejo Português

Vivemos rodeados por ele, mas parece passar despercebido grande parte das vezes. Ou, pelo menos, não lhe damos a devida importância, sendo uma das mais fortes expressões da nossa identidade cultural. 

Em Portugal, o azulejo evoluiu de uma função meramente utilitária e ornamental para uma das formas mais originais de expressão artística, muitas vezes retratando a nossa própria História. 

Até pela sua simplicidade enquanto recurso na construção de edifícios e, mesmo não sendo considerado material nobre — conforme descrito pelo estudioso do azulejo em Portugal, Rafael Salinas Calado (18931962), “feito de um pouco de terra, de um pouco de cor e de fogo” — torna-se desconcertante como não só resiste durante séculos, como se assume em elemento estruturante da arquitetura. Para além disto, detém ainda o estatuto de obra de arte. 

A imagem mostra um painel de azulejos azuis e brancos que retrata a Conquista de Ceuta. No centro da cena, destaca-se o Infante D. Henrique segurando uma espada, liderando os seus soldados portugueses. À sua volta, vêem-se soldados em combate com inimigos mouriscos, alguns empunhando espadas e lanças. Ao fundo, uma cidade murada aparece com torres e edifícios. A intensidade da batalha é visível nas expressões e movimentos dos combatentes.

"Painel de azulejos no interior da Estação de São Bento, no Porto, retratando o Infante D. Henrique na conquista de Ceuta. Trabalho do azulejista Jorge Colaço." Fonte: Comunidade de Cultura e Arte

O azulejo português distinguiu-se de outras formas de arte europeias não seguindo as normas eruditas. Manteve antes um caráter popular — uma das suas originalidades — sendo uma manifestação resplandecente de cor e de luz, com o vidrado a contribuir para a luminosidade das cidades (como Lisboa, por exemplo). 

Desde as primeiras influências Hispano-Mouriscas, o azulejo português soube absorver, interpretar e criar sobre as mais diversas temáticas, resultando numa linguagem própria em permanente atualização e património mundial. 

Detalhes dos relevos e desenhos dos painéis da coleção Chacota. Destacam-se as curvas e linhas em relevo criadas pelo motivo floral em cada madeira. Os vários tons de madeira criam um jogo de cores e simetria rico e elegante.

© After Hall 2024

Uma das suas mais desafiantes potencialidades é fazer o jogo de espelho, de simetrias, de tonalidades e texturas, recorrendo a um motivo único para fazer uniões, conjugações e coincidências. A nossa coleção Chacota pretende tirar proveito desta estimulante possibilidade, através de um motivo floral único, em relevo, e com quatro tipos de madeira como opção: Tília, Acácia-Austrália, Cerejeira e Freixo. 

Sozinhos, brilham e destacam-se pela sua simplicidade intemporal. Em conjunto, permitem a criação de uma diversidade de mosaicos, com as mais variadas conjugações, que deixamos à escolha de quem os recebe. Sempre envolvidos pela sua moldura em Latão Escovado, que eleva e dignifica este grande símbolo da identidade portuguesa. 

Imagem com os vários modelos disponíveis na coleção Chacota. Modelos descritos na legenda.

Modelos disponíveis da coleção Chacota: Painel Chacota 2x2 (canto sup. esq.); Chacota Tília (fila inf. esq.); Chacota Cerejeira (fila inf. dir.); Chacota Freixo (fila sup. esq.); Chacota Acácia-Austrália (fila sup. dir.) e Painel Chacota 1x4 (canto inf. dir.). © After Hall 2024

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Foto de capa: Azulejo em Portugal. Fonte: Pixabay