O guarda-livros não era o segurança das bibliotecas públicas, como parece sugerir o termo. Nada disso! Era aquela pessoa que atribuía nomes aterrorizantes aos números e ao dinheiro, sabem?
Nomes que ainda nos põem em sentido. Tais como: devedores e credores à caixa; liquidação; imposto de selo; endosso e aval; letras de garantia; contabilidade de partidas dobradas… credo, nunca mais acabam! Como é que criaram coisas tão complicadas?
Aquele termo, o da contabilidade de partidas dobradas, remete-nos, calculem lá (sim, é de cálculos que falamos) para o tempo do Marquês de Pombal (1699–1782)! Concretamente para o ano de 1759, quando fundou a Aula de Comércio de Lisboa, para difundir essa prática contabilística, tornando-se, provavelmente, a primeira escola oficial de contabilidade do mundo inteiro!
Falamos, portanto, de pessoas que viviam verdadeiras experiências imersivas. Imersos em papéis por todo o lado, pilhas de livros de registos contabilísticos, prateleiras e mais prateleiras repletas de pastas de arquivo e a cabeça, virtualmente, preenchida por números!
Casa Tolle - Escriptorio de S.Paulo, Brasil. 1910. Fonte: Acervo Cariocadorio.
Desempenhavam essas hercúleas tarefas em escritórios, iluminados inicialmente pela luz natural que entrava pelas janelas e, ao fim do dia, à luz de velas ou de candeeiros de azeite. Mais tarde, alimentados a petróleo e só nos últimos cento e poucos anos, é que os afortunados lá puderam usufruir de iluminação elétrica.
Foi-se criando assim a imagem, já cinematográfica, dessa figura estoica, perdida por entre montanhas de papéis. Solitária, com os óculos de correção da presbiopia na ponta do nariz, contando apenas com a companhia de um fiel candeeiro.
Mas é, para todos nós e para qualquer empresa, uma figura estimada e uma atividade que desempenha das tarefas mais exigentes e fundamentais nas atividades económicas. E também, a inspiração para o nosso conjunto de candeeiro de pé e aplique Guarda-Livros.
Pormenor candeeiro de pé Guarda-Livros, no acabamento Porto com Latão Escovado. © After Hall 2024
Claro que lhes demos uma configuração e apresentação de estilo mais sério, com atributos dignos de um verdadeiro Guarda-Livros.
E, pelos nossos cálculos, são modelos que se enquadram não só na parte mais reservada do escritório ou do consultório, como também do quarto ou da sala.
Aplique Guarda-Livros no acabamento Latão Escovado. © After Hall 2024
Sugerimos até que fiquem junto a um confortável cadeirão e pousa pés, sendo companhia ideal para a degustação de um aromático chá, ou de uma bebida de vapores mais espirituosos, e para a imersão numa leitura dos heterónimos do mais famoso guarda-livros português, Fernando Pessoa (1888–1935). Ou, eventualmente, numa escuta de “When Numbers Get Serious” de Paul Simon (1941) …
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Foto de capa: Daydreaming Bookkeeper (Adventure). Ilustração de Norman Rockwell. 1924. Óleo s/ tela. Coleção Privada. Fonte: Wikimedia Commons